Da Redação
A proteção patrimonial, conhecida como “blindagem patrimonial”, é uma estratégia legal. Seu objetivo é resguardar os bens de indivíduos ou famílias. Ela protege contra riscos como litígios, dissolução de matrimônio, execuções e ações de terceiros. Esse conceito ganha especial relevância quando envolve grandes fortunas e visibilidade pública.
No âmbito do direito de família, medidas de proteção patrimonial são fundamentais para assegurar segurança jurídica e previsibilidade na partilha de bens. Em casos de divórcio, especialmente quando o patrimônio é grande, o planejamento pré-nupcial tem um papel importante. Ele visa garantir que os ativos sejam preservados. Além disso, assegura que a distribuição dos bens seja justa. Tudo isso deve estar em conformidade com acordos prévios e com a legislação local.
Instrumentos de proteção
A especialista em direito de família e planejamento sucessório, Mérces da Silva Nunes, explica que existem várias estratégias jurídicas para proteger o patrimônio familiar. Essas estratégias incluem a escolha do regime de bens no casamento ou na união estável. A separação total de bens e o pacto antenupcial com cláusulas de proteção patrimonial são destaques. Outros instrumentos incluem a constituição de holding familiar e a doação de bens com cláusulas restritivas. Também se pode contar com o testamento e a contratação de seguros de vida e patrimoniais. Todos esses mecanismos visam à preservação dos ativos e à cobertura de riscos, como litígios e disputas.
Entre as ferramentas mais eficazes, a constituição de uma holding familiar se destaca. Especialmente para famílias que desejam garantir a continuidade do controle sobre seus bens, recomenda-se a constituição de uma holding familiar. A holding permite a gestão integrada de bens imóveis, ativos financeiros e participações societárias, protegendo o capital e evitando a fragmentação do patrimônio entre herdeiros. “A criação de uma holding familiar é uma solução personalizada, ajustada às necessidades específicas de cada família, e não uma estratégia genérica”, afirma a advogada.
Além disso, o planejamento sucessório é crucial para evitar conflitos familiares e garantir a proteção do patrimônio ao longo das gerações. É preciso adaptar o uso de instrumentos jurídicos, como testamentos, doações antecipadas com cláusulas restritivas e a constituição de holdings, à realidade de cada família. É fundamental que respeitem as normas legais vigentes. A assessoria jurídica especializada é essencial para implementar essas estratégias de forma eficaz, prevenindo riscos e assegurando a continuidade do patrimônio familiar.