Da Redação
Não é de hoje que muitos filhos querem seguir os caminhos profissionais de seus pais. Pesquisa realizada pelo LinkedIn em conjunto com o Censuswide afirma que os pais têm papel crucial na decisão profissional dos filhos. Cerca de 26% dos entrevistados pela rede social confirmaram o peso da família sobre essa decisão.
Paixão de gerações
A família da advogada internacionalista Rita Silva não é diferente. Rita trilhou o caminho da sua mãe, que também atuava na área do direito. E agora, sua filha de 16 anos pensa em seguir a carreira da advocacia internacional.
“Minha mãe sempre nos trouxe o ensinamento de que o nosso nome, a lisura, e nossas condutas, são as coisas mais importantes na vida, e que devemos zelar por eles”, afirma Rita.
O direito não foi a primeira escolha e nem a primeira profissão de Rita, que trabalhou por 13 anos como comissária de bordo. Entretanto, muito por influência de sua mãe, ela escolheu entre voos, países e escalas fazer direito.
Para a advogada voar era uma paixão, mas para o futuro precisava de outra profissão. “Vi minha mãe estudando pelas madrugadas, com afinco, ela foi sempre muito persistente naquilo que queria, isso com certeza me influenciou”, declara a advogada.
Jussara Santos, mãe de Rita, teve quase 40 anos dedicados ao direito. Em março de 2024, a então advogada, se aposentou pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina e é a maior inspiração profissional de Rita, até porque Jussara criou os filhos e começou a trabalhar nos anos 80, quando muitas coisas eram diferentes para as mulheres.
“Ela começou trabalhando em um escritório em São Leopoldo/RS. Anos depois fixou residência em Criciúma, Ituporanga e Florianópolis pelo Tribunal. Praticamente uma vida de Tribunal, e sempre foi recebida com sorriso e um abraço por onde passava”, afirma Rita Silva, relembrando de quando sua mãe estudava na sala de casa com as amigas.
Missão
Com praticamente 20 anos de formada, Rita encontrou no direito internacional e migratório, e em mentorias para outros advogados, a área que faz brilhar seus olhos.
Para ela, quando se tem um trabalho que ama, não se trabalha todos os dias. Se troca conhecimento, executa a missão, e é assim que se sente.
“As pessoas sempre falam que, quando eu começo a falar do Direito e principalmente do Direito Internacional, elas veem os meus olhos brilhando”, afirma Rita.
Como sua filha de 16 anos, Luana Melo, está demonstrando interesse pela área, durante os verões a jovem trabalha ajudando Rita em alguns casos, e é paga por isso. Nos Estados Unidos, desde os 13 anos, é permitido que os jovens trabalhem algumas horas no verão de forma supervisionada.
Luana, em 2026, vai para a Universidade, está no High School (Ensino Médio) e quer fazer Business Law, quer ser advogada internacional de Negócios, seguindo os passos da avó e da mãe.
“Claro que eu estou orgulhosa, quero que ela seja feliz na profissão que escolher, que se realize pessoal e profissionalmente, acredito que o melhor presente que os pais podem dar para os filhos é a educação”, declara a advogada.