Caroline Turri
Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que cerca de 15% dos trabalhadores adultos vivem com um transtorno mental, que pode envolver sintomas intensos e prolongados que afetam significativamente a vida cotidiana e profissional.
Outro estudo mostra que nove em cada dez pessoas relacionam a síndrome de burnout a modelos de liderança que não se preocupam com a sobrecarga de tarefas. Os dados são da Mindsight, empresa de tecnologia especializada em gestão de pessoas. A saúde mental é tema cada vez mais comum em noticiários e também em conversas fortuitas.
Foi assim que eu e um amigo tivemos um papo sobre curar e adoecer. Pensamos sobre a simbiose inequívoca do indivíduo e de sua metade – o “eu” profissional. E nessa linha, por estarmos assoberbados de metas, desafios e objetivos profissionais, existe a importância de nos inserirmos em empresas que curam, em vez de nos soterrarmos em ambientes que adoecem. Mas como identificamos isto?
Vamos para o principal: as empresas nada mais são que as pessoas que nelas estão.
Liderança
A vida de cada pessoa é diariamente impactada por cada um de nós, líderes.
Sejamos os líderes que serão lembrados pelo propósito que carregamos.
Sejamos humanos que nenhuma tecnologia consegue entregar: o melhor para cada um dos nossos colaboradores e colegas. Inspiradores, não só pelo resultado, mas pelo impacto que geramos.
E, por fim, deixo a reflexão do amigo Paulo Rosa, da Sociedade Científica Sigmund Freud: “Não são, na verdade, empresas, mas as pessoas que as ‘alimentam’, que têm maior ou menor potencial para enfermar(se). São essas mesmas pessoas, as quais se orientam por praticar ações no trabalho – mais ou menos saudáveis, com efeitos mais ou menos deletérios sobre os demais e, indefectivelmente, sobre si mesmos.”
Não basta sermos competentes, indispensável é que encontremos um suficiente bem-estar ao realizarmos a função. E o desempenho será imensamente maior.