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Sucesso da estratégia de ESG passa por engajamento real das lideranças

Não adianta varrer a sujeira para debaixo do tapete: é preciso mostrar resultados
Na maioria dos casos, os ganhos em ESG vêm de melhorias nos processos produtivos
Na maioria dos casos, os ganhos em ESG vêm de melhorias nos processos produtivos - Freepik

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Um estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana Union + Webster, e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), apontou que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de negócios sustentáveis e 70% dos entrevistados disseram que não se importam em pagar um pouco mais por isso. 

Em uma empresa, desenvolver estratégias para ampliar sua sustentabilidade e longevidade passa pela integração do ESG no cerne das tomadas de decisão, sendo a  inovação uma ferramenta indispensável nesse processo.

Neste artigo, abordaremos as principais dificuldades, assim como as oportunidades dentro de um mercado cada vez mais orientado para a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa.

Começar pelas lideranças

É muito difícil que uma empresa consiga levar adiante ações de inovação e sustentabilidade sem que as lideranças estejam verdadeiramente engajadas com esta temática, desde o conselho até o porteiro.

Portanto, é importante que as pessoas em altos níveis hierárquicos comprem a ideia e a transmitam às demais pessoas e áreas da companhia, servindo como exemplo de mentalidade e atitude.

Além disso, as lideranças serão as responsáveis finais pelas boas práticas de governança da empresa. Por isso, é fundamental que tenham o conhecimento, o engajamento necessário e a capacidade para lidar com este tema.

As situações de greenwashing, goodwashing e até mesmo o teatro da inovação, cada vez mais serão punidas não só por órgãos competentes, mas pelo mercado (clientes, investidores, colaboradores) e pela sociedade. Sendo assim, uma vez que as organizações sejam reflexo de suas lideranças, estas deverão não só compreender o que a sigla significa, mas adotá-la de ponta a ponta nas atitudes da empresa. 

Vencedora não será aquela que professe uma ostentação vazia, mas a que alcance a efetividade discreta. Ou seja, não adianta varrer sujeira para baixo do tapete ou enfeitar o pavão, e sim apresentar resultados efetivos baseados em dados e compromissos sérios com desafios que a organização ainda possui.

Olhar para os processos

Não necessariamente a inovação voltada ao ESG será em novos produtos e serviços. Na maioria dos casos, os ganhos em ESG vêm de melhorias nos processos produtivos. Reduções na utilização de insumos como energia e água, otimização de rotas logísticas que permitam economias de combustível, melhorias de processo que reduzam desperdícios, entre outros pontos.

Inovações nessas áreas são importantíssimas e não devem ser ignoradas, até porque trazem ganhos financeiros significativos.

Essas inovações, muitas vezes, serão propostas por pessoas de dentro da própria empresa. E uma ótima maneira de fomentar isso é com programas de intraempreendedorismo dirigidos pelo tema em questão. Dessa maneira, é possível alavancar os talentos internos da empresa ao mesmo tempo em que se aprofunda a cultura de inovação e sustentabilidade. 

Mensurar cada vez melhor

Por fim, cada organização tem as suas particularidades, os seus impactos e os seus indicadores. Quando se trata de inovar para tornar-se mais sustentável, é preciso entender profundamente os inputs e os outputs, para identificar as principais oportunidades de redução de impactos socioambientais negativos e custos financeiros.

Uma das maiores dificuldades de investidores especializados em ESG é justamente a credibilidade e a não padronização dos indicadores apresentados pelas empresas. Portanto, investir tempo para construir bons indicadores e mensurá-los de forma consistente poderá ser um grande diferencial na hora de buscar este tipo de investimento.

A adoção de uma abordagem de ESG e uma cultura de inovação sustentável podem trazer ganhos financeiros significativos para as empresas. É fundamental, para isso, que todos as todas estejam alinhados com o tema: entendendo os impactos específicos do negócio, a fim de identificar oportunidades de redução de efeitos socioambientais e custos financeiros, assim como os investimentos necessários na construção de indicadores confiáveis e padronizados para inovar de forma sustentável.

Ao adotar essas medidas, as empresas estarão preparadas para demonstrar a sua intencionalidade frente ao seu propósito, melhorar a sua imagem junto aos clientes, colaboradores e investidores, e adotar práticas mais sustentáveis, uma vez que podem apresentar dados concretos sobre o seu desempenho, tomar decisões mais assertivas, pautadas em evidências, e, assim, potencializar seu impacto, se destacando em um mercado cada vez mais orientado para a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa.

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