Renan Salinas
A justiça, embora pilar fundamental de qualquer sociedade, é frequentemente percebida como um processo moroso e inacessível. Cidadãos e empresas enfrentam desafios consideráveis para acessar os tribunais, enfrentando longos períodos de espera, complicações burocráticas e a necessidade de custos elevados com advogados.
No entanto, o avanço da tecnologia, especialmente através da automação de processos, tem o potencial de transformar radicalmente esse cenário, oferecendo soluções mais rápidas, eficientes e acessíveis para todos.
Esse assunto é fundamental porque a justiça acessível e eficiente é um direito essencial para qualquer sociedade. A automação pode transformar um sistema judicial tradicionalmente lento e burocrático, tornando-o mais ágil, transparente e acessível, com implicações diretas na vida dos cidadãos e na qualidade de suas interações com a lei.
Por que isso importa?
Novos caminhos
A automação de processos no contexto jurídico não se limita apenas à simplificação de tarefas repetitivas, mas também abre novos caminhos para que processos possam ser conduzidos de forma mais fluida, eficiente e, o mais importante, digitalizada. Quando recursos e contestações podem ser feitas online, os obstáculos impostos pelo tempo e pela distância diminuem drasticamente, promovendo um acesso mais ágil à justiça.
O tema interessa principalmente a cidadãos que enfrentam dificuldades no acesso ao sistema judicial devido a custos, distância ou burocracia. Também é relevante para advogados, empresas e pessoas com deficiência, que ganham agilidade e inclusão ao poderem acessar a justiça de forma digital e simplificada.
Para quem esse assunto interessa?
Em um sistema judicial tradicional, a burocracia muitas vezes cria um abismo entre o cidadão e o acesso ao judiciário. O processo físico e os longos períodos de espera para protocolar documentos, dar entrada em recursos ou até mesmo para contestar uma decisão são barreiras imensas, especialmente para quem tem recursos financeiros limitados ou vive em locais afastados dos grandes centros urbanos.
Benefícios
A automação, ao possibilitar a digitalização desses processos, elimina a necessidade de deslocamentos físicos e reduz as possibilidades de erros humanos, além de acelerar etapas como a criação de petições e o acompanhamento de processos. Protocolos automáticos via robôs já são uma realidade e podem assegurar segurança, rapidez e robustez neste e nos demais processos.
A automação de processos permite que a tramitação de processos seja inteiramente digital, desde a protocolização até o julgamento final. As partes podem submeter petições, recursos e contestações sem precisar de intermediários ou processos físicos.
Isso não apenas reduz o tempo de espera, mas também torna o processo mais transparente. Em vez de aguardar dias ou até semanas para obter informações sobre o andamento de um processo, a automação proporciona um acompanhamento em tempo real, colaborando com a sistematização dos processos internos e também na experiência do cliente na ponta.
Com sistemas de alerta e notificações automatizadas, as partes envolvidas podem ser informadas instantaneamente sobre qualquer movimentação no processo, otimizando o tempo e os recursos envolvidos.
Avanços
A automação de processos, ao eliminar a necessidade de processos físicos e minimizar a intervenção humana em tarefas repetitivas, pode reduzir significativamente os custos com advogados, assessoria e papelada. Isso torna o acesso ao sistema de justiça mais viável para cidadãos de diferentes classes sociais, permitindo que mais pessoas busquem seus direitos sem o receio de custos exorbitantes.
A automação de processos também tem o potencial de trazer um grande avanço para as pessoas com deficiência, como aquelas com dificuldades de locomoção ou surdez. A digitalização e a simplificação dos processos possibilitam que qualquer pessoa, independentemente de sua condição, possa acessar a justiça com mais facilidade.
Estamos falando não só de uma tendência, mas uma necessidade para garantir que o acesso à justiça se torne mais rápido, eficiente e inclusivo. Ao permitir que recursos e contestações sejam feitos digitalmente, a tecnologia pode reduzir barreiras, promover a transparência e tornar os processos mais acessíveis a todos.