Da Redação
O diretor-geral da Rosatom International Network, Vadim Titov, participou no último dia 10 de julho da sessão plenária da cúpula BRICS+ NeLi (New Economies & Legal Infrastructure), que reuniu representantes do setor empresarial e autoridades governamentais do Brasil e dos países do BRICS.
Esse assunto importa porque a energia nuclear é essencial para garantir segurança energética, reduzir a pegada de carbono e promover um futuro sustentável nos países do BRICS, alinhando desenvolvimento econômico e proteção ambiental.
Por que isso importa?
“A energia nuclear é fundamental para a construção de um futuro sustentável nos países do BRICS”, afirmou Tito, ao destacar o papel estratégico da fonte no cenário energético global. Segundo ele, todos os membros do bloco compartilham o interesse em garantir segurança energética, estabilidade no fornecimento e redução da pegada de carbono — metas que a energia nuclear permite alcançar de forma integrada e eficaz. Tito também ressaltou a expertise da Rosatom, que, segundo ele, dispõe de tecnologias de referência e experiência única para oferecer soluções completas em energia nuclear, alinhadas às necessidades de desenvolvimento das economias nacionais.
O tema interessa a governos, empresas do setor energético, especialistas em sustentabilidade e países emergentes que buscam soluções eficientes e limpas para o fornecimento de energia.
Para quem isso interessa?
Estratégia
O executivo também abordou as perspectivas de cooperação em energia nuclear entre os países do BRICS. “Os países do BRICS estão começando a cooperar ativamente em questões ligadas ao desenvolvimento da energia nuclear”, afirmou. Ele destacou o apoio às iniciativas da Plataforma de Energia Nuclear do bloco, que, segundo ele, vem se consolidando como um instrumento estratégico para alinhar posições na agenda nuclear global e formular soluções conjuntas em fóruns internacionais.
Além disso, ele ressaltou o papel do Brasil como parceiro estratégico da Rosatom na América Latina. A estatal coopera com o Brasil em áreas importantes como medicina e energia. Com base em contratos de longo prazo, a Rosatom fornece produtos isotópicos para a medicina nuclear brasileira, contribuindo para o diagnóstico e tratamento do câncer. Também venceu licitações públicas para fornecimento de produtos do ciclo do combustível nuclear, destinados à produção de combustível para as usinas de Angra.
Plataforma Nuclear
Os países do BRICS criaram a Plataforma de Energia Nuclear com o objetivo de fortalecer a cooperação em nível corporativo e promover a energia nuclear como fonte limpa. Em 2024, empresas, organizações e órgãos governamentais de nove países participaram de duas reuniões de alto nível.
Nove participantes, entre empresas e entidades estatais dos países membros e parceiros do BRICS, assinaram uma declaração não vinculante em apoio à criação da Plataforma. São eles: CNNC (China National Nuclear Corporation, China), NECSA (South African Nuclear Energy Corporation, África do Sul), Eskom (Eskom Holdings SOC Ltd, empresa estatal de energia, África do Sul), NPPD (Nuclear Power Production and Development Company of Iran, Irã), ABDAN (Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares, Brasil), ABEN (Agência Boliviana de Energia Nuclear, Bolívia), Ministério da Inovação e Tecnologia da Etiópia, NPPA (Nuclear Power Plants Authority, Egito) e a corporação estatal Rosatom (Rússia).
Ao longo de 2025, a Plataforma vem realizando eventos técnicos e científicos nos principais fóruns do setor. A Rosatom participa ativamente dessas iniciativas, contribuindo para a construção de parcerias igualitárias na área nuclear e para a promoção de soluções energéticas sustentáveis.
A Rússia está intensificando a cooperação com todos os países interessados. Grandes projetos internacionais continuam em andamento. A Rosatom e seus segmentos participam ativamente desse processo.