Da Redação
A cidade de La Paz, na Bolívia, foi palco do primeiro festival de ciência da América Latina, realizado pela Rosatom em parceria com a Universidade Mayor de San Andrés (UMSA). O evento aconteceu entre os dias 26 e 30 de maio e reuniu mais de 800 participantes de diversas regiões bolivianas — como La Paz, Cochabamba, Santa Cruz e outras — além de uma delegação vinda do Peru. O evento inédito deve ser o primeiro de vários que vão se repetir anualmente, para ampliar a participação de estudantes de toda a América Latina.
O festival de ciência em La Paz marca o início de uma iniciativa inédita na América Latina para fortalecer a educação científica e integrar jovens talentos da região. Com apoio da Rosatom, o evento também impulsiona aplicações estratégicas de tecnologias nucleares em saúde, segurança alimentar e pesquisa.
Por que isso importa?
Além do festival, foi realizada a segunda edição presencial do HackAtom, competição estudantil promovida pela Rosatom, que desafia jovens universitários a criarem soluções com base em tecnologias nucleares. A atividade reforça o compromisso da empresa com a formação de novos talentos para o setor.
Durante o festival, representantes da Universidade Politécnica de Tomsk, da Agência Boliviana de Energia Atômica (ABEN) e da própria Rosatom conduziram palestras sobre temas científicos de relevância.
A iniciativa interessa a estudantes, universidades e governos latino-americanos, que ganham acesso a conhecimento de ponta e oportunidades internacionais. Para o Brasil, destaca-se a participação do IME e o potencial de cooperação em áreas como medicina nuclear e inovação tecnológica.
Para quem isso importa?
Os vencedores do HackAtom vão representar a América Latina na final internacional do Hackathon, que será realizada em Moscou no segundo semestre de 2025. A equipe brasileira do Instituto Militar de Engenharia (IME) foi a vencedora da etapa local e representará o Brasil na Rússia.
Com uma proposta inovadora, o festival marcou o início de uma série de ações voltadas à promoção da educação científica na região. De acordo com os organizadores, o objetivo é tornar o festival um evento anual, com edições futuras abertas à participação de jovens de toda a América Latina.
Durante os quatro dias, os visitantes participaram de experiências práticas, assistiram a palestras com especialistas internacionais e conheceram iniciativas de pesquisa em diversas áreas.
Em paralelo ao festival, a Rosatom deu continuidade às obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear (CIDTN), em El Alto, na Bolívia, um projeto estratégico que inclui reator de pesquisa, centro de irradiação multipropósito e laboratórios de alta tecnologia. A iniciativa fortalece a presença da empresa no continente latino-americano.
O CIDTN oferece aplicações de interesse direto para o Brasil e países vizinhos, como o tratamento oncológico com radioisótopos, a esterilização de materiais médicos e o processamento de alimentos para segurança sanitária — temas cada vez mais estratégicos no contexto pós-pandemia de covid-19.
A realização do evento reforça o compromisso da Rosatom com o desenvolvimento científico e tecnológico nos países latino-americanos. As ações fazem parte das comemorações dos 80 anos da indústria nuclear russa e estão alinhadas à estratégia da Rosatom de ampliar sua cooperação com países do Sul Global, incluindo o Brasil.
