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Tecnologia da Rosatom esteriliza pela primeira vez mosquitos transmissores da febre amarela

Centro construído pela Rosatom na Bolívia conseguiu irradiar insetos com o uso de raios gama, que promovem a esterilização
Tecnologia é uma ferramenta eficaz no controle de insetos nocivos
Tecnologia é uma ferramenta eficaz no controle de insetos nocivos - Divulgação

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Da Redação

A Agência Boliviana de Energia Nuclear, em colaboração com o Instituto Nacional de Laboratórios de Saúde e o Instituto Nacional de Investigação em Saúde Pública, realizou pela primeira vez a irradiação de mosquitos transmissores da febre amarela. O método de irradiação envolve a reprodução em massa de insetos específicos, que são esterilizados com radiação e posteriormente liberados regularmente nas áreas-alvo. Os insetos estéreis não conseguem se reproduzir, o que resulta na redução gradual da população de pragas na região ao longo do tempo.

A pesquisa foi desenvolvida no Centro Multipropósito de Irradiação (MIC), construído no Centro de Pesquisa e Tecnologia Nuclear na Bolívia, en El Alto. O projeto é gerido pelo Instituto Especializado de Projetos do Estado (GSPI JSC), uma empresa de capital misto afiliada à Rosatom.

Raios gama

O MIC utiliza tecnologia avançada de irradiação por raios gama, fornecida pela GSPI JSC e pela divisão científica da Rosatom. A tecnologia é uma ferramenta eficaz no controle de insetos nocivos em regiões tropicais, incluindo aqueles que transmitem doenças mortais, como os mosquitos vetores da malária, dengue, chikungunya, febre amarela e vírus Zika. 

Também na área da saúde, a mesma técnica é usada para esterilizar produtos médicos. Na agricultura, a irradiação consegue erradicar pragas, aumentando a produtividade e prolongando a conservação de produtos agrícolas. 

“Essa técnica inovadora de esterilização de insetos busca controlar as populações de mosquitos e, consequentemente, reduzir a incidência de doenças. Estamos comprometidos em avançar em nossas pesquisas para oferecer as soluções mais eficazes ao povo boliviano,” declarou o presidente da Bolívia, Luis Arce, em uma publicação em seu canal no Telegram.

El Alto

O Centro de El Alto é uma iniciativa crucial que promove a cooperação entre países da América Latina e a Rússia no campo do desenvolvimento de alta tecnologia, além de fortalecer a presença global da Rosatom no mercado.

Em 2017, Bolívia e Rússia assinaram um contrato para a construção do centro, que oferece soluções avançadas para diversos setores da economia, como diagnóstico e tratamento de câncer, processamento de produtos agrícolas para garantir segurança, esterilização de produtos médicos, pesquisas em biologia da radiação e ecologia, gestão sustentável de recursos, estudo de propriedades de materiais e treinamento de pessoal nuclear boliviano. Situado a uma altitude de 4 mil metros acima do nível do mar, o centro é considerado a instalação mais alta do mundo em seu tipo.

História

A tecnologia de irradiação de insetos foi proposta pela primeira vez no final da década de 1950 e, desde então, tem se mostrado um método eficaz para erradicar populações de várias pragas, como moscas-das-frutas, bicudos, moscas do Mediterrâneo e varejeiras. Hoje, muitos países utilizam essa tecnologia para controlar populações de pragas e prevenir a disseminação de doenças.

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