Cláudio Bernardo
A automação no setor jurídico está passando por uma transformação radical que não pode ser ignorada. O modelo chamado Serviço como Software (SaaS) surgiu, promovido por empresas de tecnologia jurídica que estão reformulando a atuação de advogados e departamentos jurídicos. Esse movimento, iniciado em 2020, está mudando a forma de operação dos departamentos jurídicos de grandes corporações. Além disso, está redefinindo os resultados que esses departamentos devem entregar aos seus clientes. Acreditamos que a automação não deve ser apenas uma ferramenta, mas sim um serviço integrado que entregue resultados reais e mensuráveis.
A automação no setor jurídico está transformando profundamente a forma como os serviços são prestados. Ao integrar tecnologias avançadas, como inteligência artificial, ela redefine o papel dos advogados, torna os processos mais eficientes e proporciona resultados mensuráveis. Isso, por sua vez, cria novas exigências para a prática jurídica contemporânea.
Por que isso importa?
Tecnologias como inteligência artificial e plataformas de gestão de processos estão surgindo como soluções importantes. Elas podem executar funções que antes eram desempenhadas por advogados. Esses avanços, portanto, aumentam a eficiência e redefinem o papel dos profissionais do direito. A automação se torna, assim, uma exigência no setor jurídico atual.
Este tema interessa a advogados, departamentos jurídicos de grandes corporações, empresas de tecnologia jurídica e profissionais que buscam inovação. Além disso, é relevante para clientes que exigem mais eficiência, precisão e soluções rápidas no setor jurídico, e para aqueles que estão investindo na evolução das práticas legais.
Para quem esse assunto interessa?
Novo paradigma
Dados recentes do relatório da Clio mostram que 85% dos advogados usam softwares para gerenciar suas práticas. Além disso, 79% recorrem a soluções em nuvem para armazenar dados. Esse cenário indica que o mercado jurídico não só adota ferramentas digitais, mas também se adapta a um novo paradigma. Nele, a entrega de resultados se torna prioridade. O modelo tradicional de Software como Serviço, que apenas oferece acesso às plataformas, está sendo substituído. Agora, o Serviço como Software entra em cena, com o fornecedor responsável por gerenciar e otimizar a operação.
A automação pode reduzir significativamente os custos operacionais, permitindo que escritórios de advocacia se tornem mais competitivos em um mercado em rápida evolução. Soluções de e-discovery, por exemplo, podem agilizar a coleta e análise de dados, enquanto plataformas.
Essa abordagem abrangente implica que o fornecedor assume a responsabilidade não apenas pela tecnologia, mas pelo sucesso das operações, supervisionado pelos advogados. Em um setor tão regulado e complexo como o jurídico, essa mudança é crucial, pois a precisão e a eficiência tornam-se imperativas. A automação vai além das tarefas rotineiras. Ela envolve a implementação e operação de plataformas, além da análise e execução de processos complexos. Portanto, quem vê a GenAI apenas como uma ferramenta de automação tem uma visão limitada. O real impacto dessa tecnologia vai muito além disso.
No cenário atual, a automação e a gestão financeira no setor jurídico não são opções, mas exigências para quem busca eficiência e inovação. Adotar esse modelo integrado permite que os profissionais do direito foquem no essencial: a qualidade do atendimento ao cliente e a resolução de questões complexas. Assim, a tecnologia deixa de ser apenas um facilitador. Ela se transforma em um aliado estratégico.
À medida que avançamos, fica evidente que o futuro do setor jurídico está intimamente ligado à evolução tecnológica. A transição para o Serviço como Software não apenas melhora as operações, mas redefine as expectativas dos clientes em relação aos serviços jurídicos. Com a automação como um pilar central, a transformação do setor é inevitável, prometendo resultados que vão muito além da mera eficiência.