Da Redação
Uma das tendências mais debatidas no ambiente jurídico é o investimento em operações legais, termo também conhecido como legal operations ou legal ops. Trata-se de um conjunto de procedimentos e atividades que priorizam boas práticas e investimentos em tecnologia para tornarem o dia a dia de departamentos jurídicos e escritórios de advocacia mais inovadores e eficientes.
A implementação de operações legais tem sido considerada fundamental para potencializar a operação de rotinas e demandas. No entanto, é preciso entender como implementar e aprimorar as práticas em cenários com sobrecarga de processos, como ocorre no Brasil.
Essas discussões foram temas predominantes durante a Fenalaw, que ocorreu entre 25 e 27 de outubro, em São Paulo, quando a Finch apresentou novas soluções e um livro sobre o tema.
Renato Mandaliti, CEO da lawtech, diz que, a grande chave para legal ops é o conhecimento do negócio, aplicado a estratégias e processos personalizados para cada operação. Ainda na realidade brasileira em que o Poder Judiciário enfrenta uma avalanche de processos, com mais de 100 milhões em trâmite em 2022 – cerca de 6 mil processos para cada juiz atuante.
Segundo levantamento da startup, o Tribunal de Justiça de São Paulo detém 25% de todas as ações em andamento no país, consolidando-se como o maior tribunal do mundo em volume processual.
“Esse cenário revela a complexidade das rotinas jurídicas, seja em departamentos jurídicos ou em escritórios de advocacia. O alto volume de processos, aliado ao cumprimento de prazos e ao gerenciamento de uma vasta quantidade de informações, impulsiona a busca incessante pelo aprimoramento da gestão jurídica”, afirma o CEO da Finch.
Durante a Fenalaw, a Finch também lançou e-book “Operações Legais: o jurídico é oportunidade de negócio”.