Gigante russa de energia nuclear,  Rosatom oferece oportunidade para estudantes brasileiros

Empresa fornece 100% do urânio enriquecido para usinas nucleares no Brasil e isótopos para diagnóstico e tratamento de câncer
Rosatom oferece oportunidade para estudantes conhecerem operações e tecnologias da empresa - Divulgação

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Da Redação

A empresa estatal russa Rosatom, líder mundial no setor de energia nuclear, contrata anualmente estudantes brasileiros para conhecer a operação e a tecnologia desenvolvida pela da companhia. Esse foi um dos temas da palestra de Asmik Kosyan, gerente de relações públicas do centro regional da Rosatom na América Latina, para estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A palestra fez parte da programação do primeiro dia  da 12º Semana de Engenharia Nuclear promovida pela universidade, que ocorreu entre 4 e 6 de dezembro. O evento reuniu estudantes, professores, pesquisadores e profissionais apaixonados por energia nuclear.

A Rosatom também oferece bolsas de estudo para estudantes em universidades parceiras russas, conhecidas como “universidades de apoio da Rosatom”. As bolsas são destinadas à formação de especialistas no setor nuclear.

As inscrições ocorrem normalmente até março ou abril de cada ano. Para participar, é necessário preencher um formulário e passar por um processo seletivo. Após a aprovação, os estudantes têm a oportunidade de estudar na Rússia e se preparar para uma futura carreira na área de energia nuclear.

Ciclo completo

Asmik apresentou as atividades globais da Rosatom, que atua em 60 países ao redor do mundo, oferecendo um ciclo completo de serviços — desde a mineração de urânio e produção de combustível até a construção, operação e descomissionamento de instalações nucleares. Hoje, a Rosatom fornece 100% do urânio enriquecido usado nas usinas nucleares do Brasil. Também fornece isótopos para medicina nuclear para mais de 50 países, incluindo o Brasil, onde esses materiais são usados para diagnóstico e tratamento do câncer.


Por que isso importa?

A energia nuclear é um tema de relevância estratégica para o Brasil, especialmente no contexto atual de transição energética global. Trata-se de uma fonte de energia limpa, capaz de gerar eletricidade sem emissões diretas de gases de efeito estufa, contribuindo para a redução da dependência de combustíveis fósseis. Além disso, o setor nuclear oferece soluções importantes para outras áreas, como a medicina nuclear, que salva vidas por meio de diagnósticos e tratamentos de doenças como o câncer.

O protagonismo da Rosatom nessa área reforça a importância de expandir o conhecimento e a inovação no setor. Isso é vital para que o Brasil continue desenvolvendo sua infraestrutura energética de forma sustentável e competitiva.

A companhia investe ainda no desenvolvimento da infraestrutura de tecnologias nucleares na América Latina, incluindo a construção, na Bolívia, de um centro inovador de ciência e tecnologia nuclear. O projeto será um marco para a região, combinando tecnologias de ponta e oportunidades educacionais.

Durante a palestra, Asmik também tratou das iniciativas de responsabilidade social da empresa. A Rosatom implementa ativamente tecnologias “verdes”, incluindo a gestão de resíduos e a medicina nuclear. A participação em iniciativas internacionais de ESG e o foco no desenvolvimento sustentável fortalecem a posição da empresa como líder no mercado global. 


Para quem esse assunto interessa?

O tema interessa a diversos públicos estratégicos. Estudantes e jovens profissionais, especialmente aqueles interessados em carreiras nas áreas de engenharia nuclear, energia, ciência e tecnologia e pesquisadores e acadêmicos. Profissionais já atuantes na indústria nuclear têm interesse no desenvolvimento de mercados, na ampliação da infraestrutura tecnológica e nas iniciativas de responsabilidade social e sustentabilidade. Além disso, a indústria de saúde e medicina nuclear depende diretamente dos isótopos fornecidos pela Rosatom para diagnósticos e tratamentos médicos essenciais, como no combate ao câncer.

Gestores públicos e formuladores de políticas também são impactados, pois a energia nuclear é uma peça fundamental na diversificação da matriz energética e no desenvolvimento de estratégias sustentáveis. Por fim, a sociedade como um todo é beneficiada indiretamente pelas inovações e benefícios que o setor nuclear proporciona, tanto no campo da energia limpa quanto em avanços na área da saúde.

A Semana de Engenharia Nuclear, organizada pela Seção Estudantil de Engenharia Nuclear da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SEEN), inclui palestras, workshops e debates. O objetivo do evento é promover a integração entre ciência, educação e inovação, além de popularizar as tecnologias nucleares entre os jovens.

América Latina

O centro regional da Corporação Estatal Rosatom na América Latina iniciou suas atividades em 2015, no Rio de Janeiro. Atualmente, a Rosatom é um dos principais fornecedores de produtos isotópicos para medicina nuclear no Brasil, além de ser o provedor de 100% do urânio enriquecido para as instalações nucleares do país. Também está implementando o projeto de construção do Centro de Ciência e Tecnologia Nuclear (CIDTN) na Bolívia.

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